Player FM ऐप के साथ ऑफ़लाइन जाएं!
#10 As cidades do sagrado: entrevista com Edgar Rodrigues Neto
Manage episode 293537650 series 2931975
Que a cidade é uma realidade complexa, com diferentes dimensões que configuram e reconfiguram os sentidos de sua presença, é uma ideia recorrente para aquelas e aqueles que se detém a observá-la através da experiência de quem as habita. O que talvez seja menos óbvio são os percursos que essas diferentes formas de conhecimento dessa realidade plural podem apresentar.
Neste episódio do Antropólis veremos um destes percursos potentes, onde a imersão do antropólogo no universo das religiões de matriz africana desvenda um pensamento sofisticado e ativo sobre a forma como as coisas do mundo são constituídas, inclusive a cidade e as circunstâncias humanas e não humanas que definem sua existência. Uma das qualidades das pesquisas do professor e antropólogo Edgar R. Barbosa Neto, agora na Faculdade de Educação da UFMG, é dar visibilidade a um pensamento potente, que configura muito do que a cidade de Pelotas/RS é e que, por estas artimanhas dos princípios colonialista e racista que configuram o discurso público sobre nossas cidades, impõe às expressões da tradição afro-brasileira uma existência quase em segredo. Ou, se se reconhece sua presença, é para controlá-la através de sua redução ao exótico, um “traço” cultural que pode ser exibido em certas circunstâncias. Em direção radicalmente oposta, as pesquisas de Edgar em Pelotas mostram que a “ancestralidade” africana configura um caminho potente de produção de territórios epistêmico e espiritual que dá sentido a experiência dos que são afetados por sua presença.
A própria trajetória pessoal e acadêmica do professor Edgar mostram a potência desta presença. Já em Belo Horizonte, na UFMG, envolve-se com a coordenação de uma iniciativa com um potencial de transformação pouco visto na vida das universidades brasileiras. O Encontro de Saberes, projeto gestado na Universidade de Brasília, traz para a universidade, como professores e professoras, mestres do saber tradicional. Essa relação entre o saber tradicional e o saber acadêmico e científico nos parece com potencial para transformar os postulados da produção do conhecimento das universidades, abrindo novas possibilidades e requalificando o lugar da universidade como um espaço de produção de conhecimento mais inclusivo e democrático. Não tem como desvincular esse engajamento de uma amplitude de perspectiva surgida no “ser afetado” que emergiu da interlocução do pesquisador com universo das religiões de matriz africana.
Enfim, estes e outros assuntos nosso ouvintes poderão usufruir em mais esse episódio do Antropólis.
Equipe Antropólis: Guilhermo Aderaldo, Ediane Oliveira, Gabriela Lamas, Claudia Turra Magni e Francisco Neto
Apresentação no episódio: Ediane Oliveira
Entrevistadores do episódio: Ediane Oliveira, Francisco Neto, Adriane Rodolpho e Leandro Barbosa
Edição de som: Guilhermo Aderaldo
Edição de imagens: Gabriela Lamas
Texto de apresentação do episódio: Francisco Neto
Músicas utilizadas no episódio: O canto das três raças (Clara Nunes); Oba Iná (Meta Metá); Jorge da Capadócia (Racionais MC's); Deus é uma mulher preta (Jessica Gaspar); Oxala: Nação Gejê Ijexa (Antonio Carlos de Xango)
30 एपिसोडस
Manage episode 293537650 series 2931975
Que a cidade é uma realidade complexa, com diferentes dimensões que configuram e reconfiguram os sentidos de sua presença, é uma ideia recorrente para aquelas e aqueles que se detém a observá-la através da experiência de quem as habita. O que talvez seja menos óbvio são os percursos que essas diferentes formas de conhecimento dessa realidade plural podem apresentar.
Neste episódio do Antropólis veremos um destes percursos potentes, onde a imersão do antropólogo no universo das religiões de matriz africana desvenda um pensamento sofisticado e ativo sobre a forma como as coisas do mundo são constituídas, inclusive a cidade e as circunstâncias humanas e não humanas que definem sua existência. Uma das qualidades das pesquisas do professor e antropólogo Edgar R. Barbosa Neto, agora na Faculdade de Educação da UFMG, é dar visibilidade a um pensamento potente, que configura muito do que a cidade de Pelotas/RS é e que, por estas artimanhas dos princípios colonialista e racista que configuram o discurso público sobre nossas cidades, impõe às expressões da tradição afro-brasileira uma existência quase em segredo. Ou, se se reconhece sua presença, é para controlá-la através de sua redução ao exótico, um “traço” cultural que pode ser exibido em certas circunstâncias. Em direção radicalmente oposta, as pesquisas de Edgar em Pelotas mostram que a “ancestralidade” africana configura um caminho potente de produção de territórios epistêmico e espiritual que dá sentido a experiência dos que são afetados por sua presença.
A própria trajetória pessoal e acadêmica do professor Edgar mostram a potência desta presença. Já em Belo Horizonte, na UFMG, envolve-se com a coordenação de uma iniciativa com um potencial de transformação pouco visto na vida das universidades brasileiras. O Encontro de Saberes, projeto gestado na Universidade de Brasília, traz para a universidade, como professores e professoras, mestres do saber tradicional. Essa relação entre o saber tradicional e o saber acadêmico e científico nos parece com potencial para transformar os postulados da produção do conhecimento das universidades, abrindo novas possibilidades e requalificando o lugar da universidade como um espaço de produção de conhecimento mais inclusivo e democrático. Não tem como desvincular esse engajamento de uma amplitude de perspectiva surgida no “ser afetado” que emergiu da interlocução do pesquisador com universo das religiões de matriz africana.
Enfim, estes e outros assuntos nosso ouvintes poderão usufruir em mais esse episódio do Antropólis.
Equipe Antropólis: Guilhermo Aderaldo, Ediane Oliveira, Gabriela Lamas, Claudia Turra Magni e Francisco Neto
Apresentação no episódio: Ediane Oliveira
Entrevistadores do episódio: Ediane Oliveira, Francisco Neto, Adriane Rodolpho e Leandro Barbosa
Edição de som: Guilhermo Aderaldo
Edição de imagens: Gabriela Lamas
Texto de apresentação do episódio: Francisco Neto
Músicas utilizadas no episódio: O canto das três raças (Clara Nunes); Oba Iná (Meta Metá); Jorge da Capadócia (Racionais MC's); Deus é uma mulher preta (Jessica Gaspar); Oxala: Nação Gejê Ijexa (Antonio Carlos de Xango)
30 एपिसोडस
सभी एपिसोड
×प्लेयर एफएम में आपका स्वागत है!
प्लेयर एफएम वेब को स्कैन कर रहा है उच्च गुणवत्ता वाले पॉडकास्ट आप के आनंद लेंने के लिए अभी। यह सबसे अच्छा पॉडकास्ट एप्प है और यह Android, iPhone और वेब पर काम करता है। उपकरणों में सदस्यता को सिंक करने के लिए साइनअप करें।